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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Um passeio pela desescolarização

Faz tempinho que flerto com isso...desescolarizar...inundei os ouvidos do marido com essa ladainha por dias, depois acalmei, e agora estou de volta com isso martelando em minha cabeça. Nas minhas andanças por aí, conheci a Ana Thomaz numa entrevista ao Mauricio Curi, disponível na internet. Apaixonei, sabem? Sempre precisamos de musas inspiradoras...


Faz algum tempo que passei a acompanhar o trabalho da Ana Thomaz. Já assisti alguns videos seus. Estou longe de entender tudo que ela diz, mas ela me inspira, principalmente quando fala em desescolarização para a vida e educação para a potência. Com uma filha de 3 anos no auge de suas catarses emocionais eu me vi perdida, sem saber como lidar com aquilo...castigar? brigar? dar lição de moral? nada parece fazer bem a nós, mas sempre faz mais mal a mim pq não vejo eficiência nessas atitudes. Entender o ser humano e o desenvolvimento de potencialidades desde o nascimento tem me ajudado neste momento com minha mais velha, e com certeza ajudará com meu mais novo e nas minhas relações com os demais. Entender que meus filhos não estão ali para meu deleite ou para comprovar teorias minhas, que são seres únicos com todas suas potencialidades e dificuldades e aprender a receber com amor suas dificuldades e a orientar com respeito suas potencialidades é um objetivo meu. E pq? Porque desde que me tornei mãe acredito profundamente na minha responsabilidade diante da construção de um mundo melhor e acredito que a convivência diária com as crianças é oportunidade única para me levar ao meu próprio autoconhecimento e meu melhoramento enquanto ser humano. Espero que gostem da leitura!


...


a maior dificuldade de não ter os filhos na escola é não ter a quem culpar!
porque filhos que não frequentam escola também fazem coisas terríveis.
aprendem musicas e danças de gosto discutível.
deixam escapar palavras de baixo calão.
pegam piolho.
se rebelam!
onde aprendem tudo isso? e o pior é não ter uma escola para jogar a culpa.
crianças que vivem sem escola não estão isoladas do mundo, captam tudo no ar, estão ligadissimas.
assim são as crianças!
porem mais importante do que "o que aprendem", é como lidar com a criança e suas aventuras.
criança precisa de acolhimento, de amor incondicional, de respeito, mesmo quando elas apresentam atitudes difíceis de serem aceitas.
a moda passa, e logo a criança deixa de lado a musiquinha irritante ou a dancinha provocadora, mas o que fica é o acolhimento, a certeza de que o amor e a confiança nela não se abala por conta de suas experimentações.
não se ama uma criança pelo seu comportamento, ou por suas habilidades.
ama-se uma criança por sua existência.
pela confiança que se tem em sua existência.
e para confiar em uma criança, é necessário confiar em si mesmo.
confiar na própria existência.
não por seus sucessos ou reconhecimentos ou capacidade de ganhar dinheiro...
mas por sua existência.
amor incondicional.
não se espera um comportamento impecável das crianças que não frequentam a escola.
espera-se um mergulho dos pais em sua capacidade de confiar na vida, de confiar em si mesmo e sem duvida, confiar na criança.
assim da para viver sem uma escola para culpar!

Texto de Ana Thomaz, daqui.

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